Quem poderia imaginar que após longos anos de separação, ciência e religião unem-se para melhorar a vida das pessoas. Atualmente cientistas de diversas áreas de conhecimento em várias partes do mundo voltaram-se ao estudo da influencia da espiritualidade na qualidade de vida do ser humano.

 

Passamos a entender que bem-estar não está apenas ligado a saúde física, mas a um conjunto que relaciona o físico, o mental, o social e o espiritual. Ou seja, apenas viveremos melhor se equilibrarmos todas as partes que integram o ser.

A ciência mostra-nos hoje, que questões subjetivas como magoa, ira, rancor ou até não perdoar, causam adoecimentos. A neurociência em suas inúmeras pesquisas, utilizando equipamentos sofisticadíssimos de imagem e dosagem no sangue de substancias como hormônios associados a estresse e processos inflamatórios, demonstram que estas substancias estão em melhor equilíbrio em nosso organismo quanto temos frequência em ambientes religiosos, ou buscamos desenvolver práticas religiosas, ou simplesmente se espiritualizar, independentemente de religiões.

 

Dentro da área da Genética temos hoje e Epigenética, que através dos seus estudos passou o observar que fatores ambientais, estilo de vida e hábitos sociais, podem interferir diretamente na expressão dos nossos genes. Assim, o que pensamos, o que sentimos, a forma como nos alimentamos, os nossos comportamentos sociais, e tantos outros fatores, poderão modificar as informações que os genes passam para o corpo. Como exemplo temos uma proteína na ponta dos nossos cromossomos chamada Telômero. Esta proteína tem uma função de extrema importância. Auxiliar no processo de envelhecimento das células, permitindo que estas se repliquem de forma equilibrada e harmoniosa enquanto envelhecemos. Interferências nesses processos farão com que células envelheçam de forma desordenada, podendo causar disfunções orgânicas ou até canceres. A ciência descobriu que pessoas que praticam meditação regularmente tem melhor preservação do seu Telômero.

 

A neurociência ao estudar atividade funcional do cérebro no momento de uma prece, constatou que há um circuito neuro funcional associado a espiritualidade. Conseguiu através de suas pesquisas com Ressonância magnética funcional (RMf) e Tomografia por emissão de fótons (PET) visualizar áreas cerebrais que aumentam sua atividade, enquanto outras diminuem, tendo com produto final uma redução da liberação de substancias que podem facilitar estados de estresse e ansiedade; ao mesmo tempo que aumenta a liberação de outras que melhoram o comportamento, funcionamento imunológico e de outros sistemas, como cardiovascular e digestório. Então rezar faz bem.

 

Outra importante área da ciência que muito tem auxiliado no entendimento do nosso funcionamento orgânico frente as adversidades da vida, é a Física. Na sua evolução buscando entender o átomo e seus menores componentes (prótons, nêutrons e elétrons), passou a constatar que estas partículas, até estão, consideradas como as menores possíveis dentro do nosso universo; são ainda divisíveis em partículas infinitamente menores. A ponto de não mais se reconhecer o limite entre matéria e energia, chegando a um antigo conceito de Albert Einstein de que matéria é energia em estados diferentes de condensação. Ou seja, somos energia em um estado de condensação que nos permite uma materialidade capaz de impressionar nossos sentidos. Parece loucura, mas é a realidade atual com o aval da ciência.

 

Os nossos órgãos ou tecidos corporais são formados por aglomerados de moléculas, que por sua vez são formadas por aglomerados de átomos, os quais são divisíveis até estados de energia, a qual segundo a Física pode mudar seu estado vibracional de acordo com outras energias atuantes.

 

Passamos a entender que nossos sentimentos e pensamentos podem funcionar como energias em harmonia ou desarmonia, podendo interferir de forma benéfica ou maléfica sobre os átomos que compõe nosso corpo, cujas mudanças vibratórias causaram saúde ou doença.

 

Depois de estudar todos estes mecanismos passei a entender melhor o que Jesus quis dizer na passagem de Mateus 16:27 “a cada um segundo suas obras”.