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Lançamento Livro Medicina e Espiritualidade

Circuito neurofuncional da espiritualidade

O nome parece complexo e até pode dificultar a vontade de adentrar-se neste assunto, mas vamos desmembra-lo.

Circuito leva-nos a entender que há um trajeto, uma via, ou um caminho. Neurofuncional vem do conhecimento da atividade cerebral; ou seja, por quais vias ou caminhos nosso cérebro funciona quando temos fé.


Este processo do funcionamento cerebral em relação a fé vem, cada vez mais, sendo pesquisado por muitos cientistas, nas mais variadas áreas da ciência. Professores com Ph.D., em diversas universidades pelo mundo, dedicam-se a este assunto. Parece que a necessidade da busca espiritual bateu na porta da ciência e ela está começando a responder.

Estes pesquisadores estão realizando exames laboratoriais, dosando substancias por analise do sangue, onde procuram avaliar as mudanças fisiológicas do corpo, comparando os resultados dos estados estresse com os de gratidão, por exemplo. Exames de imagem, tanto para o estudo do metabolismo cerebral como para avaliação do seu funcionamento em momentos como prece e meditação.


Fazem uma análise psicológica para definir os padrões comportamentais mais frequentes no indivíduo. Definem categorias comportamentais como impacientes, magoados, irados, mais ou menos agressivos, intolerantes e outros de padrões mais negativos (chamarei estes de grupo 1); assim como, aqueles mais pacientes, tolerantes, gratos e compassivos (chamarei estes de grupo 2). Todos passam pela mesma metodologia de análise e comparam-se os resultados.


No conjunto das analises, a ciência está mostrando que pessoas do Grupo 1 adoecem com mais facilidade. As vias neurofuncionais destes indivíduos ativam com mais intensidade os circuitos dos Centros Emocionais, desestruturando o Sistema Imunológico, facilitando o surgimento de infecções ou aumentando a agressão desse sistema ao próprio corpo físico do indivíduo. Além de alterar o sistema endocrinológico liberando hormônios que irão estimular a maior concentração de cortisol e adrenalina no corpo. Estas substancias quando em excesso, aumentam o estado de estresse e facilitam o surgimento de doenças cardiovasculares, ou até canceres. Lembrando que, estes mesmos circuitos, também foram observados em pessoas com fanatismo religioso.   


Já os indivíduos do grupo 2 tem em sua via neurofuncional maior ativação das regiões pré-frontais do cérebro. Importante área relacionado ao raciocínio. O cérebro dessas pessoas, a partir das áreas pré-frontais, seguem um circuito que permite a liberação de hormônios que regulam o bem-estar, melhoram a atenção, geram mais motivação para atividades do dia, melhoram o funcionamento do Sistema Imunológico e um melhor comportamento social. São pessoas mais gratas e mostram um melhor entendimento das necessidades do próximo. Este circuito também foi observado em pessoas que tem frequência em suas práticas religiosas ou que tem habito de praticar prece ou meditação.


Os estudos não param por aí. Uma vez analisados os grupos, eles são acompanhados por equipes de profissionais da área da saúde, incluindo médicos. Como conclusão temos que as pessoas do Grupo 1 adoecem e padecem mais do que as pessoas do Grupo 2. Este segundo grupo mesmo quando em momentos de agravo da saúde tem melhor enfrentamento desta situação. Ou seja, sua espiritualidade ou religiosidade a partir de uma Fé raciocinado, lhe oferece melhores condições psíquicas em momentos de maior dificuldade.


Temos aí um importante e inteligente mecanismo de ajuste de trajetória. Se sairmos fora do trajeto que nos conduz ao Amor, Perdão e Compaixão, adoeceremos quantas vezes forem necessárias, até entendermos que o melhor caminho é o da busca do equilíbrio e serenidade. O nosso corpo físico funciona bem quando o espirito entende que sua essência está baseada na Lei do Amor, ou seja, não fomos feitos para odiar, e sim, para amar. E toda vez que sairmos desta via, a correção da trajetória será pela dor, pois nosso corpo responde ao nosso estado de espirito, literalmente falando.


Deus ama e não pune ninguém. Nós já nos bastamos.